terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O controle e o sobrenatural no futebol

Por maior que seja o controle das partidas de futebol, por “eles juízes” de futebol, o resultado do jogo depende do além. Como assim? Pelo menos foi o que aconteceu nos últimos anos com os jogos decisivos do Fluminense.
São “eles”, os jogadores do além e os de hoje, quem ditam as regras. Desde 2008 o time de Guerreiro consegue expressivas vitórias após os quarenta de cinco do segundo tempo, sem contar as viradas.
Os fatos confirmam as palavras do nosso saudoso profeta Tricolor Nelson Rodrigues: “Vivos e mortos subiram as rampas... os vivos saíram de suas casas e os mortos de suas tumbas".
O brasileirão 2011 tirou o sono de fanáticos expectadores até chegarmos há possibilidade de três times conseguirem o título até quase os últimos minutos do segundo tempo da 37° rodada. O primeiro da tabela venceu seu jogo em Floripa. Nosso jogo a todo vapor até os 45 minutos do segundo tempo e ainda empatado em 1 x 1 no placar, neste momento da partida o Fluminense que lutou até o fim até se vê derrotado por todos os tropeços do ano, sem sequer terminar a partida do jogo.
Agora estamos na Libertadores 2012 para mais um ano de cheio de emoções.
Nossa tabela ainda não esta completa, mas sabemos que o Boca Juniores esta no quadrangular. Pobre Boca vai encontrar mais uma vez seu algoz. O único time no Brasil que o derrotou e eliminou nas semifinais de 2008.
Parabéns os torcedores vivos e mortos que acreditam que o futebol não é um jogo de controle remoto, que assistir jogo sentado é para quem tem problema nas pernas e quando seu time joga fora do seu Estado vai procurar um botequim para curtir o calor humano e exercitar sua cidadania.

Não acredito no frio dos estádios e no controle, quero calor, quero suor, quero abraçar a pessoa do lado sem conhecê-la, quero o churrasquinho, salsichão, a birita antes dos jogos, quero conhecer pessoas novas, quero festejar o título no estádio, quero que o policial proteja as pessoas dos imprevistos, ajude a organizar os camelôs, enfim quero viver o futebol.

RJ, 06/12/2011.
Júlio Cesar Gonçalves.